A obra é jardim sensorial-experimental-agroecológico que busca induzir uma experiência de contemplação e atenção aos sentidos. Uma experiência que busca a criação de uma paisagem muito mais complexa que somente a visualidade do jardim. Não se propõe um jardim completamente pronto de início. A narrativa será considerada iniciada já com as sementes e mudas ainda em estágios iniciais, que poderão ser observadas crescendo com o passar tempo. A experimentação convida e incentiva todos visitantes-participantes a serem ativos, intervirem no manejo e plantarem.
Um Teto Todo Seu / 2018
Paula Peregrina
Utilizando-se de técnicas da bioconstrução, a obra consiste em uma estrutura análoga ao ninho de joão-de-barro, com dimensões humanas, que cumpre simultaneamente a presença na paisagem e o usufruto de suas instalações. Em diálogo com o ensaio de mesmo título, de Virginia Woolf, a proposta sublinha a necessidade do espaço e da subsistência para a atividade criativa humana, tal qual para o pássaro do qual se apropria a forma. Nesse ato, tão logo cessa a criação, deixa-se o abrigo a quem desejar.
Inscrições (im)prováveis / 2018
Julie Pires
Marcelo Ribeiro
Francisco Freitas
Danielle Mendes
LAMCE UFRJ
A valorização da cultura surda pode ser entendida como reconhecimento da riqueza e diversidade da linguagem. Oliver Sacks (1998) notou que a representação dos gestos difere da oralidade por ser mais próxima a uma linguagem ideográfica. Tais investigações desdobram-se em práticas visuais que, nesta obra, exploram as relações entre a escrita alfabética, sua sonoridade, e as LIBRAS por meio de interação digital entre obra e espectador.
Eu sou a noite sem fim – I am the endless night / 2018
Matheus Simões
Diego Vieira Machado foi um estudante da UFRJ assassinado pela homofobia dentro do campus numa noite de julho de 2016. Seu assassinato, até o momento, não foi solucionado. A instalação de 343 pontos luminosos ativados durante a noite, na cor rosa, refere-se ao mesmo número de LGBTIs mortos naquele ano no Brasil; e o nome da instalação deriva de uma junção das assinaturas do estudante nas redes sociais – “I Am the Night” e “The Endless”. Mais do que um memorial, a obra também serve como um aviso a quem nos quer mortos: resistiremos.
Arquipélago / 2018
Fátima Aguiar
Arquipélago parte da ideia de uma ilha ensacada, que só pode ser acessada pela natureza de forma artificial. Não só a praia acumula cada vez mais lixo, mas também, se comparada à estrutura sucateada da Universidade Pública, o Parque se transforma em oásis. Arquipélago formula meios de construção de uma paisagem artificial pautada na vivência plástica dos materiais e na interferência humana.