O Parque Tecnológico da UFRJ esteve na World Artificial Intelligence Conference (WAIC 2024), realizada em Xangai de 4 a 7 de julho. O nosso diretor, Romildo Toledo, estava entre os cerca de 50 brasileiros presentes nos quatro dias de evento, sendo o único latino-americano convidado para o debate exclusivo a portas fechadas do sábado (6) com players importantes do cenário mundial da IA.
A WAIC 2024 enfatizou a necessidade de governança global para a IA, refletindo uma abordagem globalizada para enfrentar os desafios éticos e regulatórios associados à tecnologia emergente.
Além disso, o evento destacou grandes modelos de dados, o poder de computação com inteligência incorporada, bem como uma ampla gama de novas tecnologias com IA, com destaque para os robôs humanoides e os terminais AI-driven. Mais de 500 empresas apresentaram suas inovações no espaço de 52.000 metros quadrados em Xangai, como Alibaba, Huawei e Tesla.
Para o diretor do Parque, a experiência no WAIC 2024 confirmou a importância da criação de regras de governança para a IA, além de ser fundamental que os países periféricos sejam ouvidos.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Toledo ressaltou a necessidade de investimento em estruturas que possibilitem o desenvolvimento robusto da IA no Brasil. Para ele, o país “tem feito progresso, mas precisa de uma infraestrutura mais robusta para a IA crescer, precisa de internet de alta velocidade, data centers, poder de computação”.
Ainda na entrevista à Folha, o diretor do Parque afirma ser esse um problema compartilhado por outros países latino-americanos mais avançados em IA, como México, Colômbia, Chile e Argentina. Para ele, há o risco de a América Latina ficar muito dependente (mais uma vez) de quem está liderando o IA.
O potencial brasileiro é bem estabelecido, temos instituições como o Coppe da UFRJ, o LNCC [Laboratório Nacional de Computação Científica], a USP, Unicamp”, diz, e conclui: “Precisa avançar na infraestrutura.”
Opinião compartilhada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, cuja declaração durante a WAIC 2024 foi a de que a IA é um “bem comum da humanidade” e sua evolução precisa incluir os países em desenvolvimento, ainda à margem desse processo.
A participação do Parque Tecnológico da UFRJ na WAIC integrou uma intensa agenda na China, que contou também com reuniões no Consulado do Brasil em Xangai e no New Development Bank (NDB), chefiado pela ex-presidenta Dilma Roussef.
*Com informações da Folha de São Paulo
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