De início, as possibilidades de negócios com o pré-sal atraíram centros de pesquisas de empresas de petróleo e fornecedores para o Rio. Agora, numa segunda onda, companhias de bens de consumo de massa instalam suas bases de inovação na cidade.
Para pesquisar produtos e embalagens, a Ambev investirá R$ 180 milhões em seu maior centro tecnológico. A unidade ficará na ilha do Bom Jesus e integrará o Parque Tecnológico da UFRJ -que nasceu na vizinha Ilha do Fundão, onde está o campus da universidade federal. Em maio, a francesa LOréal anunciou a montagem de uma unidade de pesquisa no local, com investimento de R$ 120 milhões. Ao todo, 13 empresas de grande porte já têm ou instalarão suas bases de inovação no parque. Desde 2003, os investimentos chegam a R$ 1 bilhão, sem o da
Ambev.
A vocação natural do parque sempre foi e sempre será a da indústria do petróleo e de fornecedores, mas
notamos uma diversificação”, diz Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico. Numa primeira fase,
ingressaram as empresas que são puramente ligadas à indústria do petróleo, como fornecedoras de bens
e serviços. São exemplos as americanas Baker Hughes e Halliburton e a francesa Schlumberger.
Em seguida, vieram empresas com interesse na indústria do petróleo, mas que não são fornecedoras
exclusivas do setor, como GE e Siemens (energia e equipamentos médico-hospitalares e outros) e Tenaris
e Vallourec (aço e produtos de metal). Para essas empresas, diz Guedes, a principal motivação foi a demanda gerada pela indústria do petróleo, mas elas realizam também pesquisas em outras áreas.
No mesmo grupo, insere-se a EMC, de tecnologia da informação. “Um dos principais focos no Brasil é fornecer serviços de big data para empresas de petróleo”, afirma Karin Breitman, gerente-geral do centro de pesquisa EMC no Brasil. A companhia investiu R$ 100 milhões na instalação. Todos os investimentos nos centros contam com
incentivos do Estado do Rio. No caso da Ambev, o apoio será de R$ 90 milhões.
07/08/2014