Laboratório vivo e pulsante. José Alberto Aranha acredita que o território das cidades reúne três conceitos importantes para que a experimentação esteja amplamente associada ao desenvolvimento social: confiança, coalização e conexão. O Parque da UFRJ possui um convênio em construção com a Prefeitura do Rio para o desenvolvimento de um living lab em sua extensão territorial.
O orientador profissional, conselheiro e ex-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) participou do “Papo de Parque”, evento interno realizado por meio da plataforma Zoom na última quinta-feira (20 de maio). O circuito de conversas sobre os caminhos dos parques tecnológicos pelo Brasil é realizado pelo Parque da UFRJ desde o ano passado.
“A inovação precisa acontecer nas cidades, esse é o locus onde tudo acontece agora. Precisamos lutar por legislações que pensem esse território dessa forma”, acredita Aranha, palestrante e planejador de cidades, ambientes de inovação e trabalho criativo.
Inovação social
O nosso convidado tem uma longa lista de experiências com inovação social, inclusive como diretor do Instito Gênesis por 23 anos. A unidade complementar da PUC-Rio é focada na formação de empreendedores e empreendimentos que contribuam para a inclusão social e melhoria da qualidade de vida da região na qual estão inseridos.
Para ele, é essencial discutir o conceito de user innovation (inovação a partir da demanda do usuário), pois habitar as cidades com as soluções é pensar a inovação a partir do problema. “Essa é uma maneira eficiente de universidades e empresas se aproximarem mais dos usuários. Estamos falando dos living labs. Precisamos criar essa sinergia”, acredita.
Além de conselheiro da Anprotec e do Centro de Tecnologia Smart, Aranha atua na concepção de distritos de inovação social distribuídos pela cidade do Rio de Janeiro, especificamente na região do Complexo da Rocinha. “O futuro é das cidades inteligentes, da fusão entre zona industrial e zona residencial. O novo conceito de cidade, a metápolis, aborda essa transcendência da questão do espaço físico. Trata-se da relação entre as pessoas e as instituições intermediada pela rede, pela Internet”, explica.
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