Fonte: O Globo |
Enquanto os Emirados Árabes Unidos não param de receber profissionais, vindos de várias partes do mundo, a Espanha continua a perder seus talentos. É o que revela uma pesquisa feita pelo Linkedin, que avaliou os 20 países onde há mais mobilidade e descobriu aqueles que mais ganharam e perderam mão de obra entre novembro de 2012 e novembro de 2013.
O Brasil ocupa a décima posição entre as 13 nações que tiveram mais entrada do que saída de talentos, com uma expansão de 0,2% na sua força de trabalho. De fato, nos últimos anos, o país tem recebido mão de obra estrangeira, principalmente na área de petróleo e gás, que cresce em ritmo mais acelerado do que a qualificação profissional no setor.
O estudo revela, ainda, que nos Emirados Árabes Unidos, a maior parte dos migrantes são engenheiros e arquitetos, o que, segundo o Linkedin, é um reflexo do rápido desenvolvimento urbano que tem acontecido na região, famosa por seus arranha-céus e construções ousadas. A maioria dos profissionais (75%) que vai trabalhar nos Emirados Árabes vem de fora do Oriente Médio.
Já a última colocada, a Espanha, continua a perder força de trabalho em função da crise econômica que assola o país, destaca o estudo. Quem deixa o país prefere ficar na Europa (60%), enquanto cerca de 20% dos espanhóis se mudam para países latino-americanos em função das facilidades com a língua.
Na oitava posição entre os 13 países que tiveram ganho de profissionais, a Alemanha recebeu aumento de 0,4% na força de trabalho, o que mostra, de acordo com a autora da pesquisa, Lindsay Ahearne, que o país é uma das economias mais fortes da Europa. A maioria dos migrantes da Alemanha vem de outro país europeu e atua nas indústrias automotiva e de software.
O Linkedin também analisou quais são as dez características e habilidades mais encontradas nos profissionais que mudaram de país para trabalhar. São elas: mídias sociais e marketing; engenharia mecânica e aeroespacial; desenvolvimento java; ciências da vida; segurança e defesa nacional e militar; tradução de idiomas estrangeiros; relações internacionais e políticas públicas; gestão de engenharia de software; varejo e atacado; e consultoria e análise de estratégia de negócios.
Software, mídia e entretenimento, serviços, petróleo e energia, educação e organizações sem fins lucrativos são as cinco áreas em que há mais chances de um profissional conseguir se realocar internacionalmente. Já manufatura, arquitetura e engenharia, hardware, transporte e telecomunicações são as que oferecem menos probabilidade de mudança.
— Se você está em busca de uma carreira que te permita conhecer várias cidades ao redor do mundo, é recomendado focar em adquirir habilidades em ciências, tecnologia, matemática e engenharia — disse a autora do estudo, acrescentando que especialistas em marketing digital também têm boas chances de conseguir um emprego internacional.