O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) foi recebido pelo diretor do Parque Tecnológico Maurício Guedes e realizou, na sexta-feira (21), uma palestra com cerca de vinte representantes das empresas juniores da UFRJ no auditório do Parque na Ilha da Cidade Universitária Os participantes do encontro debateram principalmente o projeto de lei de 2011 do senador José Agripino (DEM-RN), que regula a abertura e o funcionamento das empresas juniores, e buscaram entender até que ponto o projeto pode ser positivo para os estudantes e quais ajustes podem ser feitos.
A proposta de Agripino conceitua como “empresa júnior” a associação civil, com cadastro nacional da pessoa jurídica (CNPJ) e estatuto registrado em cartório, constituída por estudantes de graduação de instituições do ensino superior com o “intuito de realizar projetos para o desenvolvimento do país e formar profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo”.
A palestra faz parte de uma série de encontros do deputado junto às empresas juniores. A ideia é discutir o projeto de Agripino junto aos estudantes e, assim, poder representá-los em Brasília. Na reunião, foram debatidas: a falta de uma sede fixa para as empresas, a dificuldade na busca por clientes e a necessidade de uma maior integração no movimento dessas associações.
“Algumas empresas juniores ainda são vítimas de barreiras ideológicas equivocadas, às vezes precisam de apoio para furar bloqueios em relação a clientes. Precisamos de uma mudança cultural para fortalecer a bandeira do empreendedorismo dentro da universidade como uma área de extensão viva, importante para formação profissional e para o experimento acadêmico científico”, explicou o deputado.
Dentre outros tópicos, o projeto proíbe que estas associações sejam vinculadas a partidos políticos. Além disso, estabelece que nas empresas a gestão seja autônoma em relação a qualquer outra entidade acadêmica e que, apesar de terem fins educacionais e não lucrativos, poderão cobrar por serviços ou produtos. A proposta também institui que essas associações só prestarão serviços que estejam inseridos no conteúdo específico do respectivo curso de graduação ou que sejam atribuição da categoria profissional desse curso.
“Hoje nós tivemos uma conversa com uma das sementes que existem na UFRJ, que são as empresas juniores, todas exibindo entusiasmo e vontade de fazer acontecer o empreendedorismo. As empresas na universidade precisam de apoio e compreensão para que tenhamos jovens brasileiros cada vez mais aptos a enfrentar os desafios do futuro”, finalizou Leite.