O Parque Tecnológico da UFRJ é um projeto que integra o ecossistema de inovação da maior universidade do Brasil. Mas, vem cá, será que todo mundo sabe o que quer dizer esse negócio de ecossistema? E quando a gente fala de inovação, do que falamos exatamente?
Há diversos termos que usamos com frequência e, por isso mesmo, é importante explorá-los para que possamos democratizar o conhecimento. Então vamos começar do marco zero pra gente: o que é tecnologia? Para que serve um parque tecnológico?
Exploramos alguns desses termos em recente postagem nas nossas redes sociais. Quando se fala em tecnologia, é normal que as pessoas associem a robôs, inteligência artificial e outros aparatos nesse campo semântico. Mas, na verdade, a definição nos traz algo bem mais simples (sem descartar o high tech, claro).
Base terminológica
Da sofisticação ao simplificado, tecnologia é aplicação de conhecimento para a produção de algo que resolve algum problema específico. É claro que a palavra tem amplas aplicações, mas basicamente é disso que se trata.
Em exemplos: escova de dentes, pente de cabelo, livros… assim como a análise petrofísica do pré-sal desenvolvida pela Petrec, nossa residente; ou a assistente digital de inteligência cognitiva desenvolvida pela MJV, também residente do Parque, para uma seguradora. Tudo isso é tecnologia.
Agora vamos falar um pouco de nós mesmos. Parques tecnológicos, cada um com as suas características, existem para conectar conhecimento à inovação. Como assim? Somos entidades que concretizam a parceria entre governo, empresas, universidades e sociedade. Nosso território fica dentro da UFRJ e nele funcionam empresas em laboratórios.
Em 2020, a relação por meios digitais ganhou ainda mais força e atualmente a relação não está necessariamente restrita aos espaços físicos. É possível desfrutar da parceria com o Parque da UFRJ sem ser uma empresa ou laboratório instalado nos 350 mil metros quadrados da Cidade Universitária. Somos um projeto qualificado que se concretiza através das conexões, da comunicação.
Agora vamos à lista do glossário
Aceleração – Processo construído para acelerar a evolução de uma empresa em estágio inicial para um mais avançado. Geralmente os programas de aceleração envolvem mentorias com especialistas, além de produtos e serviços e um pequeno investimento de capital.
Incubação – Processo de preparar ideias cheias de potencial para construir um modelo de negócio estruturado e fortalecido. Podemos dizer que, numa primeira instância, as aceleradoras são focadas na escalada, já as incubadoras investem na inovação em seus primeiros estágios.
Investidor Anjo – Pessoa física que investe em startups com capital próprio. É comum que esses investidores sejam ex-executivos e outros profissionais experientes que possuem recursos e querem estimular o empreendedorismo.
Capital Semente – Recurso captado para o negócio em fase inicial. É um investimento para primeiros passos.
Ecosssistema de inovação – Ambientes que promovem articulações entre diferentes setores que entendem a inovação como força motriz para o desenvolvimento social e econômico da sociedade.
Pitch – Apresentação de poucos para convencer potenciais investidores de que vale a pena investir sua empresa. A estrutura costuma ser a seguinte: apresentação, problema, implicações geradas pelo problema, ênfase na solução, diferenciais da solução e a chave de ouro.
Startup – Empreendimento em estágios iniciais que tem como principal objetivo desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio, preferencialmente escalável, disruptivo e reproduzível.
Scale-up – Empresas que conseguem crescer de maneira escalável e sustentam esse crescimento por um prazo significativo (pelo menos três anos) ao aplicar métodos sólidos e inovadores de gestão nos mais diferentes setores.
Hackaton – Evento que reúne profissionais de diversas áreas ligados ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho com o objetivo de criar soluções específicas para um ou vários desafios.
Design Thinking – Abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa: as pessoas são colocadas no centro de desenvolvimento da solução – não somente o consumidor final, mas todos os envolvidos na ideia (geralmente envolve o trabalho com equipes multidisciplinares).