A quinta edição do “Papo de Parque”, ciclo de conversas que conecta ambientes de inovação pelo Brasil, teve como destaque a discussão de modelos de financiamento que representem novas formas de se investir nos parques tecnológicos. Os convidados do último dia 27 de maio foram Hideraldo Luiz de Almeida, gerente executivo do Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC) e vice-presidente de finanças da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH), e Edilson da Silva Pedro, analista no Ministério da Ciencia e Tecnologia (MCTI).
Recentemente, o MCTI publicou uma portaria que tem como objetivo estimular as empresas privadas a investirem em desenvolvimento e inovação por meio de debêntures incentivadas e Fundos de Investimentos em Participações. “Estamos falando de alianças estratégicas na área industrial e de parques tecnológicos e da atração de investimentos para a infraestrutura e produção econômica intensiva em PD&I. Com esse dispositivo legal, temos o incremento da relação do mercado financeiro de capital com os ambientes de inovação”, apontou Edilson.
Ambos os convidados tocaram no conceito específico das debêntures incentivadas. Trata-se de um tipo de aplicação financeira na qual o investidor “empresta” dinheiro para que empresas possam custear as suas operações e investimentos. O diferencial no caso das incentivadas é que o valor aplicado sobre elas é reinvestido em obras ou serviços de infraestrutura para o país.
“Os parques tecnológicos não tem finalidade em si mesmos, mas naquilo que entregam para a sociedade. A partir do cenário de aprovação do marco legal das startups, os fundos de investimento são vistos como possibilidade para serem utilizados no contexto desses ambientes de inovação”, explicou Hideraldo.
Os convidados retomaram o importante conceito de distrito de inovação social, também trazido por José Alberto Aranha, ex-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Para ambos, é muito importante pensar o futuro dos parques como uma espécie de “cluster universitário”, um ambiente para gerar tecnologias novas, inclusive no ambiente educacional.
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