A área do Parque Tecnológico da UFRJ, de aproximadamente 350 mil metros quadrados dentro da Cidade Universitária, vai se tornar um laboratório vivo dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o desenvolvimento de soluções inovadoras. O programa Living Lab Rio segue em passos avançados para representar um caminho acelerador para as ações de cidades inteligentes (smart cities).
O Parque possui um convênio em construção com a Prefeitura do Rio e os diálogos estão avançados com outras entidades do poder público para o desenvolvimento deste ambiente de interação. O objetivo central do programa é concretizar o conceito de laboratório vivo através da modelagem da conexão entre a universidade (conhecimento), o governo e as empresas em um espaço controlado de experimentação que possui diversos dos desafios das cidades modernas.
O resultado desejado é a implementação de soluções inovadoras para o desenvolvimento urbano sustentável da cidade do Rio em um formato a ser exportado para todas as cidades do país. A atual fase do projeto em desenvolvimento conta com o apoio do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead).
“Somos equivalentes a uma cidade de médio porte e enfrentamos todos os mesmos desafios na agenda de mobilidade, segurança pública, dentre outras áreas. Trata-se de uma ação que reforça a importância da conexão universidade-empresa”, acredita a gerente de articulações corporativas, Lucimar Dantas.
Laboratório vivo dentro da UFRJ
O Living Lab Rio foi lançado em agosto de 2019 e impulsionado quando seu piloto (experimental) foi submetido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto contou com participação de empresas (GreenAnt, Aquafluxus, Lemobs, Green Hat, Huawei), governo (Inmetro, Prefeitura do Rio, Governo do Estado do RJ) e laboratórios da UFRJ (Coppe).
De abril a junho deste ano foi realizado o levantamento dos pesquisadores da UFRJ ligados às temáticas nos eixos iniciais do projeto (mobilidade, segurança pública, consumo sustentável, construções com materiais inteligentes e energia). Nos meses seguintes, empresas foram contatadas para a apresentação do projeto e neste mês (outubro) serão iniciadas as ações para conectar a universidade às empresas.
Outra ação em curso é o estabelecimento de um acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Empresa Municipal de Informática (IPLANRio) para utilização de dados, não individualizados, com o fim de fornecer à administração municipal informações suficientes para melhoria de produtos e serviços nos campos de atuação das iniciativas Taxi.Rio, Carioca Digital e pela Central 1746 de Atendimento ao Cidadão.
“O relacionamento com o poder público é fundamental para que o desenvolvimento científico e tecnológico atenda às demandas diretas da sociedade. Construir em conjunto as políticas públicas e as estratégias para um desenvolvimento mais inteligente, sustentável e inclusivo certamente auxiliará o Rio a superar os seus principais desafios em termos de gestão urbana”, analisa Leonardo Melo, gerente de desenvolvimento institucional do Parque e especialista com pós-doutorado em cidades inteligentes e humanas.
Os laboratórios vivos são um fenômeno multidisciplinar, ou seja, diversas áreas de conhecimento se aplicam no desenvolvimento das soluções. São ambientes da vida real que servem para o desenvolvimento de metodologias a partir de testes controlados. O processo envolve criação, prototipagem, validação e teste das referidas novas soluções em contextos reais.