Fonte: O Globo – Página: 6 |
O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 11 anos depois de sua criação, já está consolidado e com um conjunto diversificado de competências, embora o foco principal continue sendo o setor de óleo e gás.
São 12 centros globais de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas – Baker Hughes, BG, BR Distribuidora, EMC², FMC Technologies, GE, Georadar, Halliburton, Siemens, Schlumberger, Tenaris Confab, Vallourec – sete laboratórios e centros de pesquisa e sete pequenas e médias empresas, somando 26 instituições, no total.
Esse conjunto de instituições de pesquisa e desenvolvimento divide-se em 27% da área de petróleo e gás; 23% da área ambiental; 15% do setor naval e oceânico; 12% de tecnologias da informação e comunicação; 12% de siderurgia; 7% de tecnologias integradas e 4% da área de logística.
Segundo Mauricio Guedes, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, esta divisão refere-se à atuação primária das empresas. No entanto, das 12 grandes empresas somente duas não desenvolvem diretamente pesquisas a serem aplicadas no mercado de óleo e gás. Mas Guedes observa que o Parque também vem se diversificando para outros setores, citando como exemplo a chegada da L’óreal e da Ambev. A EMC², embora atue no segmento de tecnologia da informação, investiu R$ 100 milhões para criar o primeiro centro global de petróleo e gás focado em Big Data. Segundo Karin Breitman, cientista-chefe do Centro de Pesquisa da EMC², entre as pesquisas desenvolvidas estão sistemas de otimização de manutenção de equipamentos. A FMC é focada em subsea e vem desenvolvendo inovações como o separador de água e óleo desenvolvido para a Petrobras. A GE tem quatro áreas de pesquisa, entre elas óleo e gás. A Valourec e a Tenaris são especializadas em tubos.
Entre os laboratórios da Coppe/ UFRJ estão o Lab Oceano, que presta serviços em hidrodinâmica experimental, computacional e em modelagem numérica de sistemas navais e oceânicos; o Lab Neo, que realiza estudos e testes em linhas flexíveis para exploração de petróleo e gás em águas profundas, e o Lab Cog – Laboratório de Realidade Virtual. Outros centros incluem o CE-GN (Centro de Excelência em Gás Natural), que desenvolve estudos e tecnologias para o segmento de gás natural.
Na área ambiental estão o Centro Rio + (Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável), o Nutre (Núcleo Tecnológico de Recuperação de Ecossistemas) e o Fundo Verde.
As pequenas empresas formam um conjunto de competências em tecnologias para o setor de petróleo e gás. A Ilos é especializada em logística. A Aquamet é voltada para sistemas de meteorologia. A Ambidados é focada em instrumentação oceanográfica. A Ambipetro tem expertise em medições meteo-oceanográficas realizadas via satélites, sensores e radares. E a PAM Membranas desenvolve membranas poliméricas.