Parque elaborou, em cooperação com um time de consultores, especialistas e parceiros, seu planejamento estratégico para os próximos 30 anos. O documento é resultado de um trabalho de oito meses que buscou pensar o futuro da instituição, levando em consideração os rumos da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, a relação com a universidade e a contribuição ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Como resultado, uma série de novos desafios e transformações, entre elas a definição de uma nova Missão, Visão de Futuro e Posicionamento.
“Fortalecer a capacidade de inovação do ecossistema para a criação de riqueza e bem-estar da sociedade, em um ambiente de conexões de iniciativas empreendedoras e geração de conhecimento” é a nova Missão do Parque. A Visão para 2045 é ser “um ambiente dinâmico, diverso e que gera inovações relevantes para o desenvolvimento econômico e socioambiental”. O trabalho do Parque para implementação da nova estratégia será baseado nos Valores “comprometimento com a inovação ”, “colaboração” e “atitude empreendedora”.
“Durante o processo de elaboração deste trabalho, alguns eixos de atuação apareceram como fundamentais para esses próximos anos do Parque. Um deles é o que chamamos de humanização do Parque. Ou seja, é essencial criarmos um ambiente em que as pessoas sintam vontade de estar permanentemente trabalhando e desenvolvendo novas atividades. Outro eixo estratégico é o que classificamos como transbordamento do Parque. Ou seja: as ações do Parque e as conexões criadas são muito mais importantes do que as limitações geográficas. As atividades do Parque não cabem mais neste pequeno pedaço da Ilha da Cidade Universitária e estamos eliminando as restrições geográficas das ações do Parque Tecnológico da UFRJ. Entendemos por transbordamento como a capacidade de interagir com empreendimentos, pessoas e instituições que se estendem por todo o globo. E, quando falo o globo, não falo de uma maneira ambiciosa. É justamente porque não existe inovação apenas com caráter local. Por isso estamos focando na construção de relacionamento com outros ambientes de inovação, no Brasil e fora daqui. Assinamos em 2016, por exemplo, um convênio muito importante com o Parque Tecnológico da China para troca de experiências. Pretendemos que, ao final de 2017, sejamos capazes de relatar muitas outras alianças estratégicas”, detalha José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ.
Inaugurado em 2003, o Parque é constituído por centros de pesquisa de empresas inovadoras, laboratórios da UFRJ, uma incubadora de empresas e espaços para desenvolvimento do empreendedorismo e integração. Atualmente o Parque conta com 67 instituições. Hoje estão instalados centros de pesquisa de 15 empresas de grande porte nacionais e multinacionais, 9 pequenas e médias, além de 10 laboratórios da própria UFRJ. Das 15 grandes companhias, duas delas – a GE e a L´Oreal – estão localizadas na Ilha de Bom Jesus, também na Ilha da Cidade Universitária. Está em fase de construção o Centro de Referência Nacional em Farmoquímica, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), fortalecendo ainda mais as diferentes interações com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
No Parque, está instalada também a Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, que, atualmente, abriga 29 startups e já formou mais de 100 empresas de base tecnológica. A Incubadora é um ambiente especialmente projetado para estimular a criação de novas empresas baseadas no conhecimento tecnológico gerado em grupos de pesquisa.