Fonte: Exame |
As micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo estão sentindo fortemente a desaceleração da economia neste ano. Segundo dados do Sebrae/SP divulgados hoje, os negócios deste porte faturaram apenas 0,8% a mais no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Este foi o pior primeiro semestre desde 2009, quando a crise internacional ainda podia ser sentida.
A receita total das empresas no semestre foi de 285,4 bilhões de reais, sendo 2,4 bilhões de reais a mais do que no mesmo período do ano passado. A receita registrada em junho ficou em 45 bilhões de reais, 1,9% abaixo do mesmo mês de 2013. A indústria teve queda de 2,9% e o comércio, de 1,9%. O setor de serviços, na contramão, teve alta de 5,5%.
Segundo o Sebrae/SP, os resultados são frutos da alta inflação, de salários menores e da falta de confiança de empresários e consumidores. “Sem dúvida, o desempenho modesto da economia prejudicou os resultados. Com os jogos do Mundial, houve uma diminuição do número de dias úteis em junho e os reflexos foram sentidos principalmente na indústria e no comércio”, opina Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae-SP, em nota.
A expectativa para o final do ano ainda é morna. Mais da metade dos empresários espera estabilidade do faturamento da empresa e da economia brasileira. “Com a economia brasileira crescendo pouco, as PMEs terão dificuldade de obter resultados muito melhores, já que o mercado interno é o principal pilar de sustentação delas”, diz Hussni.
Foram entrevistados 2716 donos de pequenas empresas no estado, considerando negócios com até 99 empregados e faturamento bruto anual de até 3,6 milhões de reais.