O novo diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, Romildo D. Toledo Filho, tomou posse nesta sexta-feira (18/08/23). O auditório da Coppe/UFRJ, onde foi realizada a cerimônia, estava repleto de personalidades importantes da UFRJ, das áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, além de representantes das esferas pública e privada. A solenidade foi transmitida ao vivo e está disponível no canal do Parque no Youtube.
Entre os presentes, estava o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, que ressaltou a importância da instituição. “O Parque é de todos. É da UFRJ, da ciência, tecnologia e inovação. O Parque é do Brasil. Aqui é um ambiente de inovação que tem um objetivo fundamental: maior interação entre UFRJ e setor produtivo, para que possamos fomentar o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Para o reitor, o Parque é peça fundamental para tornar o Brasil um país que exporta soluções tecnológicas. “Não podemos continuar sendo esse país exportador de matéria prima”, ponderou.
De acordo com a ministra de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o Parque Tecnológico da UFRJ é um agente estratégico no sentido de “contribuir para a superação dos grandes desafios nacionais nas áreas de transição energética, clima, meio ambiente e transformação digital”.
Em vídeo gravado exclusivamente para a posse da nova direção do Parque, a ministra, que não pôde comparecer presencialmente devido a conflitos de agenda, ressaltou a experiência do professor Romildo à frente da Coppe/UFRJ, um know how que será diferencial para alavancar a inovação na universidade e no país. “Quero desejar sucesso a Romildo nesse esforço de expandir o ecossistema de inovação da UFRJ e de aproximar o conhecimento produzido na universidade das demandas das empresas, agregando valor a produtos e serviços e buscando soluções inovadoras para a sociedade e para o Brasil”, disse.
Em sem discurso de posse, Romildo frisou que um dos objetivos à frente do Parque é o de superar os desafios atuais enfrentados pelas empresas de óleo e gás. “No início dos anos 2000, existia um grande desafio que era a exploração do pré-sal, o que trouxe diversas empresas do setor de óleo e gás. Conseguimos superar esse desafio. Hoje, os desafios tecnológicos enfrentados pelas empresas do setor são outros: descarbonização, transição energética, transformação digital. Asseguro que a UFRJ continuará a desempenhar, junto com a Petrobras, papel relevante na busca por soluções tecnológicas para superar tais desafios”, frisou.
Romildo exaltou a importância dos parques tecnológicos para o desenvolvimento sustentável de economias emergentes como a do Brasil. Mas, para que a inovação seja a base da economia, é preciso algumas ações, como diversificar ecossistemas de inovação, reduzir a burocracia e aprimorar os marcos regulatórios. Além disso, o novo diretor reforçou que é preciso “pensar em ecossistemas de inovação mais amplos, como distritos de inovação. Investidores anjos, capital de risco, bancos para desenvolver pesquisas e apoiar empresas de base tecnológica”, disse.
O diálogo e a sintonia com as empresas que integram o Parque também serão fortalecidos, sinalizou o novo diretor. “Nós estamos abertos para ouvir as empresas do Parque. O diretor precisa fazer conexões internas e externas. Isso é fundamental para que tenhamos um ecossistema que funciona não só para fora, mas para dentro também”.
Outro destaque na fala de Romildo foi sobre algumas novidades relativas ao Parque já confirmadas. “Novos e importantes parceiros estão em processo de admissão no Parque. Por exemplo, a chegada da Fiocruz, em torno da qual pretendemos construir um hub de inovação na saúde. Também a chegada do centro de fertilizantes, que permitirá a criação de um outro hub na área de agricultura, o que certamente fortalecerá o agronegócio”, adiantou o diretor, que também citou a instalação e desenvolvimento de projetos nas áreas de biotecnologia, estudos dos oceanos e empreendedorismo social.
Sobre a nova direção
Romildo D. Toledo Filho é mestre (1986) e doutor (1997) em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pós-doutor pela Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, Romildo Toledo é Professor Titular da UFRJ e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e membro da Academia Nacional de Engenharia (ANE). Ingressou na Coppe em 1999, no Programa de Engenharia Civil, foi diretor geral da Coppe (2019 – 2023), diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe (2013 a 2015), e vice-diretor da instituição (2015 a 2019).
Recebeu do Instituto Brasileiro do Concreto o prêmio Luiz Alfredo Falcão Bauer, de Destaque do Ano em Engenharia, no campo das pesquisas do concreto e materiais constituintes (2009). Foi quatro vezes contemplado pelos editais da Faperj “Cientista do Nosso Estado” (2010) e “Cientista Jovem do Nosso Estado” (2000). Romildo foi apontado como um dos melhores cientistas do mundo pelo ranking 2023 do portal acadêmico Research.com. O reconhecimento se deu pela atuação na pesquisa de Materiais e Sustentabilidade nas Construções, com foco em temas como sequestro de carbono, uso do bambu em edificações e bio-concreto.
Sobre o Parque Tecnológico da UFRJ
O Parque Tecnológico da UFRJ tem papel fundamental na promoção da inovação e do desenvolvimento econômico e sustentável no Brasil. Responsável por fazer a conexão entre o conhecimento desenvolvido na maior universidade federal do país e o setor produtivo, o Parque Tecnológico da UFRJ é hoje um dos maiores ecossistemas de inovação do país. A nomeação do professor Romildo D. Toledo Filho como Diretor Executivo representa um passo significativo na consolidação desse compromisso em prol do desenvolvimento científico e tecnológico.
Além do Parque, integram o ecossistema de inovação da UFRJ a Inova UFRJ (responsável por proteger as tecnologias desenvolvidas na universidade), os Inovas (centros acadêmicos que fomentam a inovação entre estudantes), os laboratórios e as incubadoras de empresas/projetos.
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