Em 2023, completamos 20 anos transformando o conhecimento produzido na UFRJ em inovação concreta para a sociedade. Foi um ano estratégico para evidenciar o protagonismo do Parque e para reafirmar a nossa posição como um dos principais ambientes de inovação do Brasil e do mundo. O ano foi marcado pela posse do novo diretor, o professor Romildo Toledo, e por ações importantes, como as assinaturas dos contratos com a Embrapa para instalação do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Cefenp); com o MCTI para a implantação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO); e com a Embratur para impulsionar o turismo no país. Também vale destacar o sucesso da nossa participação em mais uma Rio Innovation Week, onde nosso estande com tecnologias exclusivamente desenvolvidas na UFRJ atraiu olhares de visitantes e da imprensa nacional. Para celebrar as duas décadas de história, também realizamos duas edições da Semana da Inovação, eventos híbridos em que convidamos grandes nomes para falar sobre temas como sustentabilidade, inteligência artificial e empreendedorismo. Para tornar a Inovateca, nosso prédio em formato de cubo mágico, um lugar ainda mais especial e inspirador, inauguramos o Cubo Imersivo, espaço idealizado em parceria com a Escola de Belas Artes (EBA) que proporciona um mergulho na proposta da Inovateca e rende lindos cliques!
2022 foi o ano em que aproximamos ainda mais a UFRJ da sociedade. A Inovateca, por exemplo, foi ponto de conexão de ideias e decisões em eventos importantes, como o IP Day (em comemoração ao Dia da Propriedade Intelectual) e o Dia da Inovação, do qual participaram diversas autoridades da academia, do setor público e da iniciativa privada. Foi também nesse ano que, de forma inédita, O Parque Tecnológico da UFRJ contou com um grande estande na Rio Innovation Week, onde foram expostas diversas tecnologias desenvolvidas na universidade. Cumprimos nossa missão de transformar conhecimento em inovação e de provar que a UFRJ é, de fato, inovadora.
A pandemia durou mais que o previsto, se prolongando por todo o ano de 2021. Em meio aos desafios impostos pelas mudanças nas configurações sociais e de trabalho, o Parque se valeu de sua essência inovadora para se reinventar.
Foi nesse ano que lançamos o Programa Associadas, por meio do qual as organizações podem se cadastrar como “residentes virtuais”. Assim, elas integram um dos maiores ecossistemas de inovação do país sem precisarem se instalar fisicamente no Parque.
Também foi em 2021 que concretizamos um sonho: a inauguração da Inovateca. O prédio em formato de cubo mágico é destinado à experimentação, seja em estudos individuais, reuniões, eventos, apresentações ou aulas. Seus ambientes foram projetados para estimular a criatividade, a troca de conhecimento e a inovação. Além disso, a Inovateca segue a tendência irreversível que une on e offline. Sua plataforma digital possibilita que pessoas online participem em tempo real das programações realizadas nos ambientes físicos, e ainda disponibiliza um tour virtual pelo prédio.
O contexto de 2020 foi provavelmente o mais desafiador dos últimos tempos para praticamente todas as organizações do mundo. O Parque teve que se adaptar à digitalização das relações de trabalho e aos protocolos sanitários para que as atividades que necessitam ser realizadas de forma presencial seguissem seu curso com segurança. Os eventos passaram a ser realizados em formato online, conseguimos bons resultados com a redução da taxa de serviço para a manutenção da relação com as empresas residentes e avançamos em direção ao estabelecimento do Parque como laboratório vivo de cidades inteligentes. Em 2020, a inovação mostrou-se não somente uma commodity valiosa, mas um requisito para a sobrevivência tanto de pessoas, quanto de instituições.
O ano de 2019 teve como marca o aprofundamento das soluções focadas na sustentabilidade em suas variadas acepções. O Centro de Pesquisas da Ambev inaugurou o abastecimento com energia renovável e o Parque apoiou a conferência Green Rio, uma das mais relevantes plataformas de negócios da economia verde. Também foi ano de premiação: a Galeria Curto Circuito de Arte Pública conquistou o 3º lugar no prêmio Inspiring Solutions, da Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP). E tivemos novidades marcantes na gestão, iniciamos o trabalho no Polo de Biotecnologia da UFRJ e empossamos o novo diretor-executivo: Vicente Ferreira.
2018 foi um ano marcado pelo aprofundamento das parcerias com outros países. Tivemos o acordo para cooperação assinado entre Brasil e Portugal no ambiente do Parque, passamos a integrar o Centro de Investigação Internacional do Oceano Atlântico e assinamos um acordo de cooperação com o Eastern Oklahoma County Partnership. Além disso, participamos de uma missão na Rússia para a aproximação dos ambientes de inovação. Mas não paramos por aí! Tivemos ainda a inauguração do centro de tecnologia e inovação da Ambev no Parque e fechamos importante parceria com IBM para oferta de serviços e produtos às empresas residentes.
2017 foi o ano da intensificação das parcerias com a UFRJ, com destaque para a inauguração da Galeria Curto Circuito e das feiras Gastronômicas e Culturais. Foram iniciadas as operações do centro de pesquisa da Ambev e do programa CrowdRio, de aceleração de startups em parceria com a Telefônica Open Future. Outro fato relevante foi a realização da 27a Conferência Anprotec, maior evento de inovação e empreendedorismo da América Latina, organizado pelo Parque.
O ano de 2016 foi um período em que a instituição elaborou seu Planejamento Estratégico 2016-2045 que, entre outros, definiu como prioridade o transbordamento de suas atividades para além das fronteiras físicas e a diversificação de suas atividades. Já em 2016 foram firmadas parcerias com o Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc) e o Porto Digital, em Recife (PE), para intercâmbio de organizações residentes e com o TusPark (Tsinghua University Science Park) da Universidade de Tinsinghua, China, que permitirá ao Parque ter uma base física permanente naquele país. Neste ano, foi anunciada a chegada ao Parque do Centro de Referência Nacional em Farmoquímica, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
A partir de 2009, grandes empresas começaram a chegar ao Parque Tecnológico da UFRJ. Impulsionadas, inicialmente, pela descoberta do pré-sal, diversas multinacionais direcionaram seus investimentos para o desenvolvimento de novas tecnologias que pudessem atender a este novo desafio. Em 2011, Baker Huges instalou seu centro de P&D no Parque. 2012 marcou a chegada de FMC e de cinco empresas de pequeno e médio portes. Em 2013, se instalaram no Parque as multinacionais Halliburton e Vallourec. Ao completar 10 anos, o Parque contabilizava 12 grandes empresas, 9 pequenas e médias, 6 laboratórios e 18 start-ups.
Primeira empresa de grande porte a se instalar no Parque, a multinacional Schlumberger é a maior empresa prestadora de serviços para campos de petróleo do mundo e emprega mais de 130.000 funcionários de mais de 140 nacionalidades, que atuam em aproximadamente 80 países. O Centro Brasileiro de Pesquisas e Geociências da Schlumberger (BRGC) foi inaugurado em 16 de novembro de 2010, ocupa uma área de 8,7 mil m2 do Parque Tecnológico e foi projetado para promover a integração entre geociências e engenharia. O laboratório tem se dedicado à solução dos desafios associados ao desenvolvimento de recursos de hidrocarbonetos em águas profundas no Brasil, incluindo os reservatórios do pré-sal.
A PAM Membranas foi a primeira empresa de médio porte a se instalar no Parque. Oriunda da Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ, é a pioneira na fabricação de membranas de microfiltração, tecnologia de ponta para reuso da água.
Três anos após o início das obras, o Parque Tecnológico abriu suas portas com a inauguração do Laboratório de Tecnologia Oceânica, o LabOceano/COPPE é o tanque oceânico mais profundo do mundo que permite a simulação realista das principais características do meio ambiente oceânico, atendendo, assim, as necessidades e alto padrão de exigência impostos pela indústria offshore.
Em 2000, foi iniciado o processo de urbanização dos 350 mil metros quadrados destinados a criação do Parque Tecnológico da UFRJ. Todo o projeto, que hoje abriga mais de 50 instituições, preservou as áreas de mangue e as extensas áreas verdes existentes no local.
Foi em 1986 que o conceito de parques tecnológicos começou a se difundir pelo país, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 1997, o Conselho Universitário da UFRJ aprovou a destinação de uma área desocupada na Ilha do Fundão, que havia sido utilizada como canteiro de obras na construção da Ponte Rio-Niterói, para a instalação do Parque Tecnológico.
Em 1994, a COPPE criou sua Incubadora de Empresas, um ambiente especialmente projetado para estimular a criação de novas empresas baseadas no conhecimento tecnológico gerado em grupos de pesquisas localizados na UFRJ. Desta forma, o conhecimento gerado nas atividades de pesquisa se converte em produtos e servi?os inovadores que trazem benefícios para toda a sociedade.
A decisão, por parte da Petrobras, de instalar seu centro de pesquisas no campus da UFRJ deu início ao importante movimento de interação entre empresas e universidades. A iniciativa alavancou a pesquisa dentro da UFRJ e impulsionou a economia brasileira por meio de inovações tecnológicas na indústria de óleo e gás.
A Coppe, Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ, nasceu com a criação do curso de mestrado em Engenharia Química na então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. A iniciativa do professor Alberto Luiz Coimbra foi fundamental para a consolidação da pós-graduação nos moldes que conhecemos hoje e foi um importante passo para as iniciativas empreendedoras e de inovação dentro da universidade.