Pela décima vez consecutiva, de acordo com a pesquisa realizada pelo Center for World University Rankings (CWUR), a UFRJ figurou como a melhor universidade federal do Brasil. Com este resultado, a Minerva se manteve na terceira colocação geral do país e na quarta posição dentre as melhores universidades latinoamericanas, sendo reconhecida como uma das potências de ensino superior do continente.
Para chegar a essa classificação, o ranking internacional examina as instituições a partir de quatro fatores: corpo docente (10%), educação (25%), empregabilidade (25%) e pesquisa (40%). Neste último tema, colaboram para o resultado final os resultados da pesquisa, as publicações de alta qualidade, as citações e a influência da pesquisa. Cada um desses quatro tópicos representa 10% do coeficiente do quesito.
Neste ano, foram avaliadas mais de 20 mil instituições ao redor do mundo para compor a lista global das 2.000 melhores universidades. Sob essa perspectiva, a UFRJ figurou na 376ª posição global, à frente de instituições como Universidade do Estado da Louisiana (Estados Unidos), Universidade de Sevilha (Espanha), Universidade de Xangai (China) e Universidade de Coimbra (Portugal).
No país, ficou atrás apenas das estaduais Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp). No ranking, todas as dez melhores universidades brasileiras são instituições públicas de ensino e pesquisa.
Confira a lista com as dez melhores instituições da América Latina:
Universidade de São Paulo (109ª posição global)
Universidade Nacional Autônoma do México (276ª)
Universidade Estadual de Campinas (344ª),
Universidade Federal do Rio de Janeiro (376ª)
Universidade de Buenos Aires (382ª)
Pontifícia Universidade Católica do Chile (390ª)
Universidade Estadual de São Paulo (424ª)
Universidade do Chile (438ª)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (467ª)
Universidade Federal de Minas Gerais (503ª)
“O êxito da instituição se deve ao forte engajamento da UFRJ na tríade ensino, pesquisa e extensão, sempre pautada no compromisso social para a construção de uma sociedade cada vez mais justa, democrática e igualitária. Somos uma universidade internacional marcada por uma interação considerável e colaboração intensa dos nossos pesquisadores com laboratórios internacionais. Consideramos, ainda, que podemos aprimorar nossa presença nos rankings para evidenciar o trabalho da instituição à sociedade para além do que já é feito pela extensão, geralmente não considerada nos rankings”, pondera Carlos Frederico Rocha, reitor da UFRJ em exercício.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro
A UFRJ é a primeira instituição oficial de ensino superior do país, com atividade desde 1792, em razão da existência da sua Escola Politécnica, a sétima escola de Engenharia do mundo e a mais antiga das Américas. Organizada como universidade em 1920, a UFRJ tem presença registrada nas dez melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, com o melhor curso de Engenharia Naval e Oceânica das Américas (à frente, inclusive, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts ? MIT). A instituição conta, hoje, com 175 cursos de graduação, 315 de especialização, 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e mais de 1,5 mil projetos de extensão.
Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ tem em seu corpo social cerca de 65 mil estudantes (anualmente, 5 mil se formam na graduação e 2,6 mil dissertações e teses são produzidas), 4,1 mil docentes (nove em cada dez têm doutorado), 8,1 mil técnicos-administrativos, incluindo aqueles que atuam nas unidades hospitalares da instituição. Assim, sua comunidade acadêmica é maior que as populações de Búzios e Paraty somadas, fazendo com que a UFRJ tenha estrutura similar à de um município de médio porte. Só a Cidade Universitária, seu campus principal, conta com circulação diária de cerca de 100 mil pessoas.
Compatível com seu grau de relevância estratégica para o desenvolvimento do país, a UFRJ formou uma série de alunos notáveis, como Osvaldo Aranha, indicado ao Prêmio Nobel da Paz; os escritores Jorge Amado e Clarice Lispector; o arquiteto Oscar Niemeyer; os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; a jornalista Fátima Bernardes; e o matemático Artur Ávila, primeiro latino-americano a receber a Medalha Fields, prêmio oferecido a matemáticos com até 40 anos e considerado equivalente ao Nobel.
Uma das instituições que mais produzem ciência no Brasil, a UFRJ tem dois campi fora da capital fluminense: um em Macaé e outro em Duque de Caxias. Com projetos de ponta nas áreas científica e cultural, a antiga Universidade do Brasil tem sob seu escopo nove hospitais universitários e unidades de saúde, 19 entes museais, 1.456 laboratórios, 43 bibliotecas e um parque tecnológico de 350 mil metros quadrados, com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional.