O projeto “Vamos dar um gás”, apoiado pelo Parque Tecnológico da UFRJ via programa Projetos Especiais 2023, alia sustentabilidade e educação. O grupo que integra o projeto instalou um biodigestor Ciep 441 – Mané Garrincha, em Magé, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Graças à instalação do biodigestor, cerca de 1,5 tonelada de lixo orgânico será transformada em biogás, usado para cozinhar, e biofertilizante, que será empregado na horta da escola.
A iniciativa contou com o apoio financeiro de R$ 79.880 do Parque.
A unidade Ciep 441 – Mané Garrincha é uma Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades – E-Tec, e já possui ações voltadas ao tema. Agora, o novo projeto batizado de “Vamos dar um Gás”, que tem cunho pedagógico, mobilizou os estudantes nesta quinta-feira (29/02), durante a instalação do equipamento, que em breve será operado por eles nas aulas de sustentabilidade, uma iniciativa que demonstra o potencial transformador da educação aliada à tecnologia.
Para a aluna Catarina Santana, o projeto sustentável tem potencial para ser levado para fora da sala de aula. “Foi incrível ver o biodigestor de perto. Ele não é importante apenas para a escola, mas também para a sociedade. Eu mesma quero ter uma na minha casa, afinal, além de destinar corretamente o lixo orgânico, a gente ainda economiza na compra do gás — afirmou a estudante da 2ª Série do Ensino Médio.
Com o biodigestor operando plenamente, os alunos e professores poderão monitorar de perto todo o processo de produção de biogás, desde a coleta dos resíduos orgânicos até a produção final. O professor Neuber Nogueira, um dos responsáveis pela área ambiental, destacou que essa é mais uma ação de sustentabilidade da escola. Ele afirma que são vários projetos nesse sentido e que o trabalho é muito importante, afinal estão motivando os alunos para tomarem ações parecidas. Ainda de acordo com ele, 2024 trará mais ações como essa para a escola.
O diretor-adjunto da unidade, professor Sidney Cardoso, lembrou que a parceria só foi possível graças ao apoio irrestrito da professora doutora Mônica Pertel, da Escola Politécnica da UFRJ e disse ainda que o equipamento representa um grande avanço no caminho da escola rumo à sustentabilidade. “Ele será cuidado pela equipe técnica da UFRJ e operado por nossos alunos ao longo do ano. O debate sobre o meio ambiente está em alta, como deve ser, e para os alunos é uma forma de ver como a sustentabilidade pode ser viável até mesmo em um ambiente escolar — afirmou o docente.
O arquiteto urbanista responsável pela instalação, Thiago Óscar, destacou que a ideia é demonstrar que resíduos que poderiam estar poluindo o meio ambiente podem ser transformados em recursos, como o biogás para cozinhar e o biofertilizante para irrigar a horta.
A instalação do biodigestor no Ciep E-Tec 441- Mané Garrincha também se tornou uma ferramenta educacional valiosa, integrando conceitos de Química, Gestão de Resíduos Orgânicos, Empreendedorismo e Sustentabilidade no currículo escolar. A unidade agora caminha a passos largos rumo a um futuro mais verde e mais consciente, mostrando que pequenas ações podem ter um impacto significativo quando se trata de preservar o planeta para as gerações futuras.
Sobre o programa Projetos Especiais
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) produz uma quantidade expressiva de conhecimento voltado para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
O Programa Projetos Especiais da UFRJ consiste no apoio a essas iniciativas institucionais, em diversas áreas do conhecimento, que privilegiam abordagens interdisciplinares, equipes multidisciplinares e ações em rede.
A proposta dos Projetos Especiais está relacionada diretamente aos esforços para a superação dos desafios globais enfrentados pela humanidade. Por isso, para ser selecionada, a iniciativa deveria dialogar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente com pelo menos um dos quatro ODS a seguir:
ODS 6 – Água Potável e Saneamento: Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos;
ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos;
ODS 10 – Redução da Desigualdades: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis – Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. A iniciativa visa incentivar o avanço do conhecimento nos mais variados campos de atuação da universidade, de acordo com a Resolução 48/2022.
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*Com informações da SEEDUC/RJ
Tags:Baixada Fluminense, ciência, educação, inovação, meio ambiente, Parque Tecnológico da UFRJ, pesquisa, Rio de Janeiro, sustentabilidade, UFRJ